Adeus Andy Irons



Aloha amigos,



O mundo do surf sofreu uma baixa essa semana, sem dúvidas a notícia mais trágica que poderíamos ouvir. Não dá pra imaginar o mundo do surf sem nosso campeão Andy Irons, que nos deixou no último dia 2 de novembro. Não tem como não falar desse assunto, ainda mais se tratando de um ídolo do esporte. Eu admirava muito o surf desse gênio e confesso que muitas vezes serviu de inspiração no meu desempenho na água.

Mas não quero ficar aqui lembrando sua morte e sim da sua vida maravilhosa sobre as ondas, afinal, o mestre do estilo merece todas as homenagens, é o mínimo que poderíamos fazer para guardá-lo em nossos corações.

Presente entregue para Andy do shaper carioca Lelot

O que mais gostava no Andy, era sua ousadia e autoconfiança, seja numa marolinha ou numa morra gigante. O cara detonava em qualquer tamanho de onda, radicalizando da base ao lip, nunca vi ninguém fazer o que ele fazia, o cara ia ao extremo, com suas pancadas suaves e fluídas. As ondas eram pequenas demais pra ele, um gênio!

Andy e sua esposa Lyndie que está gravida de 8 meses

O que podemos guardar do Andy, além do seu legado nas ondas, é sua personalidade e ousadia que não se limitava a ser um coadjuvante no Tour, posto relegado aos súditos de K9. Andy foi o único surfista até hoje que encarou e incomodou Slater.

O havaiano começou a surfar aos oito anos de idade, no Kauai, Hawaii e logo influenciou seu irmão mais novo, o Bruce Irons. Sua primeira vitória na elite foi em 1998, em Huntington Beach, Califórnia, mas a glória veio mesmo em 2002, quando venceu quatro etapas do circuito mundial, incluindo a última, no Hawaii quando faturou o primeiro título de campeão do mundo. Neste ano, o Kelly já ensaiava seu retorno, após ficar quase três anos parado e finalizou em nono.

Descontraido para mais uma foto

No Hawaii, em 2003, mais precisamente em Pipeline, Andy se sentia mesmo em casa. À vontade, o havaiano defendeu o seu título com maestria, quando encarou e venceu Kelly Slater numa disputa que entrou para a história do surf. No ano seguinte, em 2004, o monstro se consolidou como ídolo ao conquistar o terceiro título mundial, desta vez em Imbituba, Santa Catarina.

Em 2005 quando eu era back shaper do carioca Henry Lelot, tive a oportunidade de shapear a prancha na qual o Andy surfou durante uma etapa no Brasil.

Em 2008, Andy deu uma pausa nas competições declarando que havia perdido a paixão pelo surf, participando esporadicamente como convidado nas etapas do Tahiti e Hawaii. Este ano, com sua esposa Lyndie grávida, Andy voltou a brilhar e venceu a etapa de Teahupoo com muita classe botando no bolso não apenas Slater, mas outro americano, o campeão CJ Hobgood.

Nessa foto um tubo em sua ultima etapa e conquista na elite do surf no tahiti

Sem dúvida, Andy Irons vai ficar para a história, seu legado jamais será esquecido e permanecerá por muitas gerações. Uma coisa é certa, tanto o Tour, quantos os filmes de surf não serão mais a mesma coisa sem o gênio.

Rest In Peace Andy!





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